Mês das Mulheres na Target: Nossa Diretora conversou com Mulheres de destaque na Mediação – A entrevista de hoje é com a Viviane Marçal Ribeiro

 

Mês das Mulheres na Target Diálogos – Voltamos com as nossas reflexões através de conversas da nossa Diretora de Mediação e Desenho de Solução de Disputa, Patrícia Coelho, com a algumas mulheres da Mediação. Elas, realmente, são profissionais que estão fazendo história no mercado de solução de conflitos.

 

Agora a entrevistada da vez é a Viviane Marçal Ribeiro, Advogada Colaborativa, Mediadora Judicial e Extrajudicial Certificada pelo Tribunal de Justiça de SP e atuante nas áreas da Família e Contratual.

Confira o que ela compartilhou sobre ser mulher na Mediação:

 

Target Diálogos: Você já se sentiu discriminada ou tratada de forma injusta durante uma sessão de mediação por ser mulher?
Viviane Marçal Ribeiro: Já me senti discriminada, inclusive por outras mulheres, por ser uma mulher negra, que sabe falar o que deseja sem precisar que alguém complete a frase ou se sinta no direito de “traduzir o que é dito”.

Target Diálogos: Você acredita que as mulheres têm as mesmas oportunidades e voz que os homens durante o processo de mediação?
Viviane Marçal Ribeiro: Não acredito que as mulheres possuem as mesmas oportunidades que os homens. Assim como também não acredito que há equidade de oportunidades em se tratando de gênero e raça dentro das relações laborais.

Target Diálogos: Você já testemunhou ou foi vítima de assédio, seja verbal, físico ou emocional, durante uma sessão de mediação?
Viviane Marçal Ribeiro: Sim, já vivi assédio verbal tanto por homens como por mulheres. Por possuir conhecimento do nível de discriminação que há nas relações jurídicas, entendo que já tenho uma maneira leve e irreverente em lidar com essas circunstâncias. Inclusive, na sessão em que ocorreu o assédio advindo de uma outra mulher, eu pedi para encerrar a sessão por acreditar que a minha presença como mediadora não estaria contribuindo para auxiliar na relação e consegui, à duras penas, em ser ouvida pela advogada em designar a sessão para outro profissional. Tive que contar com auxilio do outro advogado em fazê-la compreender sobre a possibilidade de diálogo com outro profissional, com breve data, e de fazê-la diminuir seu tom de voz e, ainda, de finalizar a sessão com cordialidade e urbanidade. Isso foi na esfera extrajudicial! No assédio com o sexo oposto, na sessão de divórcio judicial em que fui submetida, após ouvi-lo, parafraseei para ele e perguntei na sessão se era isso mesmo que eu compreendi e, se fosse isso, ele desejaria encerrar a sessão sem o cliente dele se manifestar. Que o que ele desejasse neste sentido, eu faria, pois eu não era o tema do conflito. Por fim, consegui fazer até caucus depois para realizar o acordo entre os verdadeiros envolvidos no conflito.

 

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